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segunda-feira, 30 de maio de 2011

NÃO TIRE OS OLHOS DELE

“...Não sabemos nós o que fazer; porém os
nossos olhos estão postos em ti” (2Cr 20.12)

Uma das certezas de quem trilha os caminhos da fé é a consciência da “invisibilidade” das coisas inerentes ao mundo espiritual. Não costumamos ver querubins ou serafins voando à nossa volta, também não temos a menor ideia do mobiliário do céu, nem falamos com Deus pela manhã no viva voz. Creio que agradaria a todos que buscam a Deus com sinceridade de coração se pudessem em momentos de dificuldade, olhar para o alto e ver Aquele que Reina, sentado em seu trono, piscando para nós. 
Se Deus “encobre”, significa que Ele jamais aparecerá em rede mundial, nem na Web, nem se poderá encontrá-lo nos mercados ou praça pública. Isso indica que Sua anunciada “presença” em programas de grande audiência logo faz ver que se trata de um simulacro. Simplesmente Deus não é para o grande público, nem para as multidões, nem para a massa ansiosa por espetáculo ou novidades.
Mas no fundo, Deus deseja desvelar-se intimamente aos simples e aos que O buscam em espírito e verdade, embora isso será sempre como pequenas fagulhas diante da grandeza daquele que é Insondável: “A glória de Deus é encobrir as coisas, mas a glória dos reis é esquadrinha-las” (Pv 25.2).
Não poucas vezes vemos autores bíblicos manifestarem uma intimidade, uma paixão, por Aquele que transcende, e conversam com Deus como se vissem o invisível (Hb 11.27).
Há, porém, alguns preceitos bíblicos a serem cumpridos. O primeiro deles é: “sem a santificação ninguém verá o Senhor” (Hb 12.14). Tem lógica, pois se alguém não busca a vida de santidade, significa que ver a Deus não é realmente o que lhe interessa.
Também é preciso prestar atenção. Quando Moisés apascentava o rebanho de seu sogro no deserto, apareceu-lhe o Senhor no meio de uma planta espinhosa, chamada sarça, que embora crepitava em chamas, não se consumia. Diz o texto que Moisés “olhou” para aquela planta que se espalha por todo o deserto, e certamente foi um olhar atencioso, demorado, investigativo.
Fico pensando que falta-nos esse olhar naquelas coisas que num primeiro momento nos parecem banais e desprovidas de maior significação. pode-se ver o universo num grão de areia, nada me impede de ver a glória de Deus no louvor de uma criança, ou no amor que nos congrega em um só Corpo, apesar de todas nossas diferenças. 
Há uma clara intenção divina para que nossa atenção esteja totalmente voltada a Ele. Certa feita o rei Josafá se viu cercado por um poderoso exército inimigo. Naturalmente, sentiu medo e se pôs a buscar ao Senhor, apregoando jejum a toda a nação. Em sua oração, ele se dirige ao Eterno, dizendo: “em nós não há força para resistirmos a essa grande multidão, e não sabemos o que fazer; porém os nossos olhos estão postos em ti” (2Cr20.12). De igual maneira se manifestou o salmista: “Como os olhos dos servos estão fitos nas mãos dos seus senhores.... assim os nossos olhos estão fitos no Senhor, nosso Deus, até que se compadeça de nós” (Sl 123.2).
Essa gente, nas horas difíceis olhava para o céu, e no imenso vazio da noite depositava o seu olhar naquele que é Invisível, buscando resposta e socorro para suas vidas.

Para eles, o que conta não é o sentimento de impotência, mas a decisão de buscar Aquele que pode! Nessa busca apaixonada não pode haver “distrações” que iria fazê-los perder Jesus de vista. Também não é possível fixar um olho em Deus e o outro num ídolo, num xamã, num pai-de-santo, fundindo diferentes cultos e crenças com o Único e Soberano. A decisão de ter os olhos fixos em Deus é o reconhecimento de nossa exclusiva dependência Dele e o testemunho de que não há outro além Dele.
Manter a decisão de ter os olhos fixos em Deus exige discernimento espiritual, disposição e, sobretudo, aprender a esperar Nele. Com certeza, a espera é uma das mais difíceis artes da vida cristã, e a que mais sofre tentação para que haja desistência.
Ter os olhos fixos em Deus significa que as prioridades da vida terão de dar lugar a um só pensamento: “Eu preciso de Deus e o resto é consequência”. 
Algo de extraordinário, então acontece: ficamos diferentes nessa busca. Todo o nosso ser sofre uma transformação, e já não aceitamos mais um simples “ir à igreja”. Agora é: “vou encontrar o Senhor que é a minha rocha, a minha fortaleza e o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo, o meu escudo, a força da minha salvação”. Haverá um prazer maior em louvar, orar, adorar, ler as Escrituras.... pois quem tem os olhos fixos em Deus perceberá que essas atividades não são mais meras “rotinas” religiosas, mas são água pura que mata a sede, e maná do céu que mata a fome.
Quem tem a visão focada em Deus não tem tempo a perder com futilidades, joguinhos emocionais, dramas fabricados na mente. Você ganha sensibilidade: Deus está perto e você sabe disso. Não há distração, porque a necessidade da intervenção divina é sempre premente. Você não aceita nada menos que Deus.
Um conselho: aconteça o que acontecer, não tire os olhos Dele!

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